sábado, 24 de outubro de 2015

GÊNESIS 3 UMA EXEGESE.


NESTA POSTAGEM DESTA SEMANA QUERO APENAS ACRESCENTAR AQUI, PARA OS QUE ESTÃO PREPARANDO SUAS AULAS. UMA EXEGESE DE GENESIS 3.

raiz h( ’ e amplamente atestada nas línguas semíticas com um emprego predominante nos contextos religiosos. Seu significado como pecado, culpa, e comum, p. ex., no ugar. h(' e no acad. ha(u. Um significado mais atenuado pode ser encontrado no ar. ha(i'a, cometer um erro, ou no et. ha(a a, não descobrir. Embora a raiz h(' ocorra no aram., hwb geralmente toma o lugar dela em referencia ao pecado (TDOT 4:310). A tradução costumeira do /if ’ e de seus derivados na LXX e hamarua. Outras raízes do heb. relacionadas intimamente com o significado de pecado ou culpa, entretanto, não são amplamente registradas nas línguas semíticas (ver HALAT a respeito de seus possíveis cognatos).
O vocabulário para pecado no AT e especialmente rico, por causa do forte sentido moral e espiritual da fé bíblica. Pelo menos dez termos podem ser considerados como intimamente relacionados a esse assunto, sendo ht errar/fracassar/pecar, ps ’, rebeldia/transgressão, e ‘awon, iniqüidade/culpa, os mais comuns. Como um termo para conceito de pecado, a raiz h(', com todos os seus derivados, ocorre 593x e possui a mais ampla cadeia de significados, cobrindo pecado, pecador, oferta pelo pecado, etc. No AT, o pecado e geralmente descrito como um ato contra Deus ou uma desobediência a Palavra de Deus.
   Tentação e desobediência. No versículo 1?, “a serpente” é explicitamente produto das mãos de Deus, sutil (AA, “sagaz”) como é (pois o sentido predominante de sutil é “prudente”, como em Pv 12:23; 14:18, etc.), e o capítulo fala, não do mal invadindo, como se tivesse existência própria, mas de criaturas entrando em rebelião. Seu malévolo brilhantismo levanta a questão, não investigada ali, se ela é instrumento de um rebelde mais temível; a inferência impõe-se mais no versículo 15. Mas Eva não esteve necessariamente sob seu jugo. A tentação que sofreu veio-lhe por meio de um subordinado (c/. Mt 16:22,23, concernente a Jesus e Pedro), o qual reforçou o seu apelo para o orgulho, mas não trouxe consigo nenhuma coação.
O tentador começa com sugestão, antes que com argumento. O tom de incredulidade — “É assim que Deus disse...?” — é ao mesmo tempo perturbador e lisonjeiro; procura impingir a falsa idéia de que a Palavra de Deus está sujeita ao nosso julgamento. O exagero: “Não comereis de toda árvore do jardim” (RV, RSV corretamente dizem: ...de qualquer árvore), é mais um dos estratagemas favoritos do tentador; agitando-o diante de Eva, fez entrar na discussão nos termos do seu antagonista.

2,3. Eva é jeitosamente atraída, e, acrescentando: nem tocareis nele, corrige com exagero o erro, aumentando o rigor de Deus (Eva teria nisso muitos sucessores).

Nenhum comentário:

Postar um comentário